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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

FUGINDO DO FOCO II

Depois de muito refletir sobre este tema:"Mãe depois dos 40!", no qual foi abordado na semana passada em um dos programas de entrevistas do qual costumo assistir, hoje me sinto à vontade pra falar o que penso sobre o assunto.

No programa, falaram que as mulheres aos 40 anos(no sentido geral), já conseguem desfrutar de uma maturidade plena para serem mães. Estas, que na maioria das vezes, já estão realizadas profissionalmente, conseguiram com isso a sua estabilidade financeira e que  portanto já podem oferecer uma vida mais digna para seus  filhos. Além de sobrarem a elas mais tempo para o convívio com os mesmos.
Em tudo hei de concordar, não é fácil e nem barato, mesmo, criar um filho hoje em dia! O gasto com a educação é um verdadeiro absurdo! E não levar em conta, que a "estabilidade financeira" faz a diferença nessa hora, também é pura ilusão!
A grande vantagem, porém, é que depois de alcançada a tão desejada "realização profissional'', as mulheres conseguem dedicar um maior tempo para ficar com os filhos, que com menos ansiedade e mais paciência, elas participam ainda melhor da sua criação.
Admiro essas mulheres, que mesmo adiando, não desistiram dessa experiência tão maravilhosa de ser mãe. Mesmo que algumas tenham se  submetido a inúmeros tratamentos, não perderam as esperanças e no final conseguiram a tão sonhada gravidez. Cercada muitas vezes, por meses de enjôos, azias, corpo deformado depois de alguns quilos a mais,  roupas que nada realçam, mas que tudo vale à pena quando  chega o dia e olhamos para aquele bebezinho, tão pequenino,  tão frágil e que precisa tão somente dos nossos cuidados  e carinhos.
Quando nasci, minha mãe tinha 43 anos e  enquanto criança eu não percebia as diferenças. Apesar dos cinco filhos, nunca deixou de fazer suas obrigações de dona de casa, cuidar do marido e ser uma mãe sempre preocupada com o bem estar da família. Os desacordos, as opiniões divergentes,a falta de compreensão (muitas vezes por ambas as partes) surgiram na adolescência, dando espaço para conflitos "normais" entre gerações diferentes, mas que no final virava sempre alvo de reflexões, do tipo "Será que ela estava certa?", principalmente quando algo dava errado!
Comigo foi diferente, mãe aos 22, no último ano de faculdade e muitos sonhos ainda por realizarem. Mas nada que me faça se arrepender e  dizer que não valeu   à pena.
Para muitas mulheres, o significado da palavra mãe é bem mais amplo do que lemos no dicionário e muito mais do que uma simples e nova experiência  de vida. Para essas mulheres (e também pra mim), ser mãe, é ter orgulho de assumir, que dentre todas as alegrias já vivenciadas, a maternidade foi a maior alcançada, mesmo que em que alguns momentos precisamos abdicar  de certas coisas ou até mesmo desistirmos de alguns sonhos e desejos pessoais do qual aspirávamos por toda a nossa vida antes de recebermos a notícia de que seríamos mães.
Ser mãe, para  mim, não é estagnar no tempo, esquecer-se de si, se privar de ir além. Ser mãe é andar de mão dadas com o seu outro ser, aquele que te dar forças pra acordar todos os dias de manhã, com um sorriso na cara, com a perfeita sensação de que o mundo te recebe lá fora de braços abertos, para que você ande e continue  sua jornada diária diante dos desafios que a vida ainda irá lhe proporcionar.
Seja aos 20, 30 ou 40 anos, o que importa é a satisfação de gerar esse tão precioso bem que é um filho!
Te amo João Pedro!







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